Abandonar uma religião pode fazer mal à saúde


Uma universidade na Pensilvânia (EUA), Penn State, fez uma pesquisa para descobrir se o fim dos laços religiosos de uma pessoa influencia sua saúde. A partir de análises de grupo, descobriram que o número de “desconvertidos” que relatavam estar com ótima saúde era metade do que entre aqueles que seguiam com a fé.
Para o estudo, analisaram 30.523 casos de pessoas que seguiam determinada fé, coletados de 1972 a 2006. Destes, mais de 10.000 mudaram para outra religião e mais de 2000 simplesmente passaram a não ter religião alguma. Dentre os indivíduos pesquisados, a taxa dos que referiam “saúde excelente”, no grupo dos religiosos convictos, era 40%. Entre aqueles que haviam trocado de religião, o índice ficou em 25%. E aqueles que abandonaram os cultos tinham apenas 20% de incidência de ótima saúde.
Além disso, foi constatada a seguinte relação: quanto mais estrito e fechado é o grupo religioso, a saúde tende a ser melhor. A teoria para isso é a intolerância de tais grupos religiosos a vícios como o álcool e o fumo, por exemplo. Além disso, o fato de pertencer a um grupo que lhe dê conforto psicológico melhora seu estado emocional, o que melhora a saúde.
Por outro lado, sair de determinada comunidade pode dar, de início, uma sensação de deslocamento social do qual se fazia parte, aumentando o desconforto. Sem falar no estresse que essa decisão pode ocasionar devido à possível incompreensão de amigos e parentes quanto á decisão de abandonar uma seita.
Mas os pesquisadores explicam que às vezes acontece o caminho contrário. A pessoa não teve a saúde piorada porque abandonou a religião, e sim deixou o culto (que exige presenças frequentes em cultos e estudos, especialmente no caso das mais estritas) devido a alguma doença, por exemplo.

Hypescience

Comentários